Guia completo sobre síncope na emergência: causas, avaliação inicial, exames indicados, tratamento e quando internar.


O que é Síncope?

A síncope é definida como uma perda súbita e transitória da consciência causada por hipoperfusão cerebral global, associada à perda de tônus postural, de início rápido, curta duração e recuperação espontânea.

É um evento comum na prática clínica e representa até 3% das admissões em pronto-socorro.


Classificação da Síncope

  1. Síncope reflexa (neuromediada):
    • Vasovagal: após estresse ortostático, geralmente precedida de pródromos.
    • Situacional: durante urinar, tossir, defecar ou após refeições.
    • Hipersensibilidade do seio carotídeo: após manipulação cervical.
    • Atípica: sem gatilho definido.
  2. Hipotensão ortostática:
    • Queda da PAS > 20 mmHg ou PAD > 10 mmHg após ortostatismo.
    • Pode ocorrer em disautonomias (ex.: diabetes, Parkinson).
    • Síndrome postural ortostática taquicardizante (POTS): aumento da FC > 30 bpm na posição ereta, FC > 100 bpm.
  3. Causas cardíacas:
    • Arritmias (bradi ou taquiarritmias).
    • Cardiopatias estruturais (estenose aórtica, miocardiopatia hipertrófica).
    • Isquemia miocárdica.

Avaliação Inicial da Síncope

A história clínica detalhada é fundamental:

Exame físico

Exames complementares


Estratificação de Risco


Tratamento da Síncope Neuromediada

  1. Medidas comportamentais:
    • Hidratação adequada (≥ 2 L/dia).
    • Aumentar consumo de sal.
    • Alimentação fracionada.
    • Sono regular.
    • Meias elásticas compressivas.
  2. Manobras durante sintomas:
    • Contração muscular (cruzar pernas, apertar bola de borracha).
    • Deitar e elevar as pernas.
    • Hidratação imediata com água fria.
  3. Farmacológico (casos refratários):
    • Fludrocortisona: 0,05–1 mg/dia.
    • Midodrina: 2,5–10 mg 8/8h (evitar à noite).
    • Betabloqueadores em baixas doses.
    • ISRS (fluoxetina, sertralina).

Conclusão

A síncope é uma condição frequente e multifatorial, que pode variar desde eventos benignos até apresentações graves relacionadas a cardiopatias.
O diagnóstico correto depende de história clínica, avaliação de risco e exames direcionados.
A conduta inclui medidas comportamentais simples até terapias farmacológicas e internação hospitalar nos casos de maior risco.


Referências


❓ FAQ – Síncope

O que é síncope?

É a perda súbita e transitória da consciência por hipoperfusão cerebral global.

Quais as principais causas em jovens?

Predominam síncopes vasovagais e hipotensão ortostática.

E em idosos?

Causas cardíacas e hipotensão postural são mais frequentes.

Quais exames devem sempre ser feitos?

ECG para todos; exames adicionais de acordo com a suspeita clínica.

Quando internar um paciente com síncope?

Quando OESIL ≥ 2 ou EGSYS ≥ 3, ou na presença de cardiopatia estrutural/arrítmica grave.


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