Por que Você Precisa Dominar Essa Nova Etapa do Exame Físico?
O POCUS na emergência (Point-of-Care Ultrasound ou ultrassom à beira-leito) vem ganhando cada vez mais espaço no dia a dia do pronto-socorro.
Atualmente, assumir uma sala vermelha sem saber usar o ultrassom é, na prática, estar desatualizado. Auxiliado a um raciocínio clínico apurado e outros exames como o ECG é uma poderosa ferramenta nas mão certas! Para aprender sobre ECG basta clicar no Link
Neste post, vamos listar de forma prática os principais motivos para você dominar o POCUS, mostrar os diferentes tipos de exame e as aplicações essenciais no atendimento de urgência e emergência.
Bora para os tópicos!
1. Tipos de POCUS
O POCUS é extremamente versátil e pode ser dividido em diversas áreas, dependendo da necessidade clínica:
- POCUS Cardiológico: avaliação rápida de função cardíaca, tamponamento, disfunção ventricular.
- POCUS Pulmonar: busca por pneumotórax, derrame pleural, congestão pulmonar e embolia pulmonar.
- POCUS Abdominal: pesquisa de líquido livre (FAST), aneurisma de aorta, colecistite.
- POCUS Vascular: acesso venoso guiado, trombose venosa profunda.
- POCUS Renal e Urinário: avaliação de hidronefrose, bexiga cheia/vazia.
- POCUS de Tecidos Moles: abscessos, corpos estranhos, celulites complicadas.
2. Benefícios do POCUS
Os benefícios do uso do ultrassom à beira-leito são inúmeros para o atendimento de emergência. Destacamos:
✅ Diagnóstico rápido e dinâmico;
✅ Decisões clínicas mais assertivas;
✅ Menor necessidade de remoção do paciente para exames externos;
✅ Redução do tempo de atendimento e melhora dos desfechos;
✅ Segurança para procedimentos como acessos venosos, punções e drenagens com baixa taxa de danos e além de ser isento de riscos para o paciente.
3. Usos do POCUS na Emergência
Na prática, o POCUS é um verdadeiro braço direito do plantonista! Veja onde ele muda o jogo:
- Paciente instável sem causa definida: POCUS avalia causas indeterminadas de choque além de etiologias.
- Trauma fechado: Pesquisa rápida de hemorragias com o protocolo eFAST. Com capacidade de guiar a decisão para abordagem cirúrgica ou não!
- Dor torácica: Diferenciar pneumotórax, congestão pulmonar, disfunções cardíacas e outras causas de dor torácica na emergência.
- Dor abdominal: Identificar líquidos livres principalmente.
- Acesso venoso difícil: Guiar punções seguras em situações críticas. Sendo ferramenta mandatória e grandes centros!
- Suporte em parada cardiorrespiratória: Avaliar contratilidade cardíaca ou tamponamento.
4. Protocolos de POCUS na Emergência
Alguns protocolos de ultrassom já são padrão ouro no atendimento de emergência:
- eFAST: pesquisa rápida de hemorragia em trauma (abdome, tórax, pericárdio).
- RUSH: avaliação sistemática de choque (coração, pulmões, vasos, abdome).
- BLUE Protocol: abordagem do paciente com dispneia aguda.
- FATE: avaliação cardíaca no paciente crítico.
- CASES: ultrassom em parada cardiorrespiratória.
Cada protocolo é adaptável à realidade do plantão, e conhecer mesmo o básico já te coloca à frente na assistência.
5. Conclusão: O POCUS é um olhar por dentro do paciente para o emergencista!
Dominar o POCUS na emergência não é mais um “diferencial” — é uma necessidade.
Quem entende essa ferramenta consegue tomar decisões mais rápidas, mais seguras e, muitas vezes, salva vidas que seriam perdidas esperando exames convencionais.
Saiba que esta ferramenta NÃO é um exame mas sim um dos pilares do exame físico do paciente e ele muda condutas, auxilia na tomada de decisão e aprimora a capacidade semiológica do médico! E por experiência própria há mais de 5 anos realizando este exame eu tenho certeza ao dizer que ajuda muito o paciente e aprimora nossas habilidades como médicos!
Se você quer evoluir no pronto-socorro, aprender POCUS é obrigatório.
Aqui no Emerg Papers, vamos te acompanhar nessa jornada com conteúdo direto ao ponto para transformar seu plantão!
Veja quem confia e apoia o uso do POCUS na medicina!
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