Introdução

A taquicardia ventricular monomórfica (TVM) é uma das arritmias mais graves que encontramos no pronto-socorro. Reconhecê-la de forma rápida e aplicar o tratamento adequado pode ser a diferença entre salvar ou perder uma vida.

Neste artigo, baseado em um caso real atendido na Santa Casa, vamos discutir como identificar a TVM, os principais critérios práticos que ajudam no diagnóstico e as condutas que devem ser tomadas em pacientes estáveis ou instáveis.

👉 Palavras-chave: taquicardia ventricular monomórfica, diagnóstico de TV, tratamento com amiodarona, cardioversão elétrica, síndrome coronariana aguda.

Caso clínico

Paciente idosa, 93 anos, internada na enfermaria da Santa Casa por síndrome coronariana aguda com supra de ST (lesão coronariana aguda/oclusiva) em coronária direita.

Durante a evolução, apresentou piora hemodinâmica, extrassístoles frequentes ao monitor e, em 29 de outubro, desenvolveu taquicardia ventricular monomórfica documentada no ECG.

Como identificar a Taquicardia Ventricular Monomórfica?

Na emergência, precisamos de critérios rápidos e aplicáveis. Três abordagens práticas ajudam muito:

1. Critério de Vereckei / aVR

2. Critério de Brugada Inicial

3. Critério de Santos

Dica prática: Não é necessário aplicar todos os algoritmos complexos. Na urgência, use 1–2 critérios simples para ganhar velocidade sem perder precisão.

Conduta no caso

Lições práticas para o plantão

  1. Reconhecimento rápido da TVM com critérios simplificados → mais agilidade na emergência.
  2. Amiodarona é a droga de escolha em pacientes estáveis.
  3. Cardioversão elétrica sincronizada deve ser indicada diante de instabilidade ou falha do tratamento farmacológico.
  4. Preparo da equipe é essencial: cada membro deve saber seu papel antes do choque.
  5. Manutenção em UTI é obrigatória após reversão, especialmente em pacientes com síndrome coronariana aguda.

Conclusão

A taquicardia ventricular monomórfica é um desafio clínico comum em pacientes com doença coronariana aguda.
Seguir critérios diagnósticos simples, usar amiodarona corretamente e estar pronto para a cardioversão elétrica sincronizada pode salvar vidas.

Na prática, a liderança do médico emergencista e a preparação da equipe fazem toda a diferença no desfecho do paciente.

Referências

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